quarta-feira, 18 de junho de 2025

Na natureza não se escolhe nada. A pera que decidiu não cair, morreu podre.




"Na natureza não se escolhe nada. A pera que decidiu não cair morreu podre."
(Citado por Clóvis de Barros, se esta frase é de alguma outra pessoa, não faço idéia =P)



Já parou pra pensar nisso?
Parece só uma frase sobre fruta, mas diz muito sobre a vida da gente também.

Na natureza, as coisas têm um tempo certo.
A semente nasce, cresce, vira planta, dá fruto… e o fruto, quando tá maduro, cai. Simples assim. Se ele tenta resistir e ficar lá pendurado, mesmo quando já tá na hora de soltar, o que acontece? Ele apodrece. Fica lá, sozinho, perdendo o valor, até morrer no galho.

E a gente faz a mesma coisa às vezes.

A gente insiste em segurar coisas que já deram o que tinham que dar. Um relacionamento que já não tem mais conexão, um emprego que não traz sentido, uma versão nossa que a gente já deveria ter deixado pra trás. Mas por medo — de mudar, de perder, de não saber o que vem depois — a gente se agarra e se recusa a "cair".

Só que tem um detalhe: ficar onde não faz mais sentido também tem um preço. E esse preço vem em forma de tristeza, frustração, estagnação. A gente não cresce, não evolui, não vive o que poderia. Só apodrece devagar, disfarçando que tá tudo bem.

A pera que caiu pode até ter batido no chão, mas cumpriu o ciclo. Serviu pra alimentar alguém, pra plantar uma nova árvore, pra continuar a vida. Já a que ficou parada, segurando o próprio medo, virou nada.

Às vezes, a gente precisa mesmo é ter coragem de soltar.

Soltar o que pesa, o que prende, o que já não faz sentido. Aceitar que nem tudo é pra sempre, que algumas histórias cumprem seu papel e precisam terminar para dar espaço ao novo. Ficar insistindo em algo que já se esgotou é como segurar um galho seco esperando que floresça — é se prender a uma esperança que não alimenta mais.

E tudo bem cair. Cair não é fracasso. Cair é aprendizado, é movimento, é parte natural do caminho de quem vive de verdade. Só cai quem está tentando andar. Só tropeça quem está em movimento. A queda pode até doer, mas muitas vezes ela nos coloca no chão certo para recomeçar mais forte.

Soltar exige coragem, mas é esse gesto que abre as portas para o recomeço. Para o que é verdadeiro, leve e alinhado com o que somos agora. Porque crescer também é saber ir embora quando for necessário — mesmo com medo, mesmo com saudade. É confiar que o novo só chega quando o velho finalmente parte.

Então, pensa aí: o que você tá segurando que já devia ter deixado ir? O que tá te impedindo de cair pra florescer de novo em outro lugar?


 Porque no fim das contas, resistir demais não te salva.
Só te faz apodrecer por dentro, bem devagar.



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