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Por que, ao invés de evoluir, estamos ficando mais burros?

  Por que, ao invés de evoluir, estamos ficando mais burros? A gente tem mais informação do que nunca. Tudo está a um clique. Temos acesso a livros, cursos, documentários, opiniões, debates e mesmo assim, parece que tem algo errado. A lógica seria: quanto mais acesso, mais consciência. Mas o que a gente vê é o contrário — uma avalanche de ignorância disfarçada de opinião, gente gritando mais do que ouvindo, certezas vazias no lugar de perguntas sinceras. Será que a gente está mesmo evoluindo, ou só se iludindo com aparência de progresso? Hoje, confundimos saber com ter informação. Só que saber de verdade exige mais que repetir o que viu em um vídeo de 30 segundos ou num post com fonte duvidosa. Saber exige refletir, questionar, ouvir o outro, reconhecer que não sabe tudo. E isso, sinceramente, está cada vez mais raro. A tecnologia avançou, mas será que a gente acompanhou? Ou só ficou mais distraído, mais impaciente, mais superficial? A gente rola o feed por horas, mas não c...
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Não existe pressa quando não sei para onde eu vou.

Não existe pressa quando não sei para onde eu vou. Tem hora que a gente se sente meio travado, meio devagar, vendo o mundo correr enquanto parece que a nossa vida está parada. Bate aquela angústia, aquela sensação de que está todo mundo indo e a gente ficando. Mas a verdade é que nem sempre o problema é a velocidade… às vezes, o problema é a falta de direção. Você já tentou correr sem saber para onde? É cansativo, confuso e inútil. É como dar voltas em círculo achando que está chegando em algum lugar. E é isso que acontece quando a gente se pressiona a ir rápido, mesmo sem ter clareza de onde quer chegar. A vida virou uma corrida maluca. Todo mundo com metas, prazos, expectativas, como se existir tivesse virado uma competição. Mas ninguém fala sobre o quanto é válido — e necessário — parar. Respirar. Pensar. Se perguntar: pra onde eu tô indo? Por quê? Isso faz sentido pra mim ou eu só tô indo na onda dos outros? Não saber o caminho não é fracasso. É parte da jornada. E quando você nã...

Na natureza não se escolhe nada. A pera que decidiu não cair, morreu podre.

"Na natureza não se escolhe nada. A pera que decidiu não cair morreu podre." (Citado por Clóvis de Barros, se esta frase é de alguma outra pessoa, não faço idéia =P ) Já parou pra pensar nisso? Parece só uma frase sobre fruta, mas diz muito sobre a vida da gente também. Na natureza, as coisas têm um tempo certo. A semente nasce, cresce, vira planta, dá fruto… e o fruto, quando tá maduro, cai. Simples assim. Se ele tenta resistir e ficar lá pendurado, mesmo quando já tá na hora de soltar, o que acontece? Ele apodrece. Fica lá, sozinho, perdendo o valor, até morrer no galho. E a gente faz a mesma coisa às vezes. A gente insiste em segurar coisas que já deram o que tinham que dar. Um relacionamento que já não tem mais conexão, um emprego que não traz sentido, uma versão nossa que a gente já deveria ter deixado pra trás. Mas por medo — de mudar, de perder, de não saber o que vem depois — a gente se agarra e se recusa a "cair". Só que tem um detalhe: ficar onde...

Por que nunca estamos felizes com o que temos?

Por que nunca estamos felizes com o que temos? Mesmo sabendo que tem gente que daria tudo para viver exatamente o que vivemos. A ânsia de ter e o tédio de possuir. Essa pergunta parece simples, mas carrega um peso enorme. No fundo, ela fala sobre algo que todo mundo sente, mas poucos têm coragem de admitir: uma inquietação constante, uma sensação de que falta algo , mesmo quando aparentemente não falta nada . A gente vive num mundo que estimula a insatisfação o tempo todo. Somos ensinados, desde cedo, que ter mais é sinônimo de ser mais . Mais dinheiro, mais sucesso, mais beleza, mais reconhecimento. E o problema não tá exatamente em querer crescer ou conquistar coisas — o problema é quando isso vira um vício. Quando a busca por “mais” faz a gente esquecer o valor do que já é . Olhamos ao redor e vemos gente com vidas que parecem perfeitas. Redes sociais viraram vitrines de felicidade: viagens, relacionamentos ideais, conquistas, corpos "perfeitos". A comparação entra em...

Porque hoje temos a necessidade de discordar de tudo e ter razão a qualquer custo?

  Porque hoje temos a necessidade de discordar de tudo e ter razão a qualquer custo? Parece que virou um vicio. Em quase todo lugar é assim, principalmente nas redes sociais. Discutir agora é vencer uma luta, não existe mais troca de idéia. Diálogo pra que né? E junto com esta merda, só cresce a dificuldade de interpretar um texto, compreender o que está escrito virou algo de outro mundo. Eu leio tudo com pressa, estou mais preocupado em responder do que entender. Ai vira uma bola de neve de bosta, só mal entendido, treta desnecessária e argumento que você constrói em cima de uma interpretação que está distorcida. Essa combinação, que é o desejo de ter razão e a incapacidade de compreender o que eu leio e o que eu ouço, vira mais do que um problema de comunicação, vira uma crise de empatia e humildade. Para eu entender as coisas direito, da forma certa, da forma que tem que ser, eu preciso ter paciência, eu preciso escutar, preciso ter disposição para considerar que ...

"Você não está à procura de um propósito. Está à procura de uma desculpa para sua mediocridade parecer aceitável."

"Você não está à procura de um propósito. Está à procura de uma desculpa para sua mediocridade parecer aceitável." Vivemos em uma era em que "propósito" virou palavra de ordem. Todos parecem em busca de um motivo elevado para justificar suas escolhas, ou a falta delas. Mas, muitas vezes, essa busca é apenas uma cortina de fumaça — uma forma sofisticada de adiar, de se esquivar da responsabilidade, de suavizar o desconforto de uma vida que não está sendo plenamente vivida. A verdade é dura: nem sempre estamos atrás de um propósito verdadeiro. Às vezes, estamos apenas tentando encontrar uma desculpa bonita para acomodar nossa apatia, para justificar por que não arriscamos, não tentamos, não evoluímos. Chamamos isso de "autoconhecimento", "fase de transição", "esperando o momento certo" — mas tudo isso pode ser apenas disfarce para o medo, a preguiça ou a conivência com a mediocridade. É mais fácil dizer que ainda não encontramos nosso pro...

Eu sou o único que pode escolher meu passado

  Eu sou o único que pode escolher meu passado   A gente vive em uma cultura que é obcecada pelo futuro. Então desde sempre me ensinaram a planejar o que eu faria, o que eu ia ser, o que eu iria conquistar. Pensando sempre em metas , projeções, cenários muito loucos que eu criei na minha própria cabeça dentro do meu quarto ouvindo Pearl Jam. Então o futuro se tornou minha principal esperança, e como efeito colateral, obviamente pensar tanto no futuro também me traz uma bela ansiedade. Mas, refletindo sobre tudo isso, tem uma coisa que eu acredito que tenha muito mais poder do que eu imaginava, que é o PASSADO. Sim meus amigos, ele mesmo, o passado! Aquele lugar onde supostamente, nada mais pode ser tocado, aquele espaço fechado, engessado, um filme que já passou e agora eu só posso assistir. Mas e se todo esse tempo eu estivesse errado? E se o passado for menos sobre o que aconteceu, e mais sobre como eu escolho lembrar dele? Se ele não fosse uma sentença, mas uma ...